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Entra pela velhice com cuidado,
Pé ante pé, sem provocar rumores
Que despertem lembranças do passado,
Sonhos de glória, ilusões de amores.
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Do que tiveres no pomar plantado,
Apanha os frutos e recolhe as flores
Mas lavra ainda e planta o teu eirado
Que outros virão colher quando te fores.
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Não te seja a velhice enfermidade!
Alimenta no espírito a saúde!
Luta contra as tibiezas da vontade!
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Que a neve caia! o teu ardor não mude!
Mantém-te jovem, pouco importa a idade!
Tem cada idade a sua juventude.
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Um comentário:
a uma, conheci Bastos Tigre, bibliotecário, como Borges, poeta; a duas, reconheci quem sabe encontrar seus poemas e caminhos.
Foi uma feliz coincidência o seu blog - que me chamou a atenção pelo jogo da palavra e não palavra de Clarice Lispector. Um feliz encontro. Alfredo, SP
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