Tela de Edvard Munch
.
.
.
O luar grisalho
Brilha no bosque;
De cada galho
Parte uma voz que
Roça a ramada...
.
Ó bem amada,
Reflete o lago,
Espelho puro,
O vulto vago
Do choupo escuro
Que ao vento chora...
.
Sonhemos: é hora.
.
Um grande e brando
Quebrantamento
Vem, vem baixando
Do firmamento
Que o astro ilumina...
.
É a hora divina.
.
Tradução de Guilherme de Almeida
.