terça-feira, 23 de setembro de 2008

Plenilúnio - Cruz e Souza


(Tela de Neiva Passuello)
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Vês este céu tão límpido e constelado
E este luar que em fúlgida cascata,
Cai, rola, cai, nuns borbotões de prata...
Vês este céu de mármore azulado...
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Vês este campo intérmino, encharcado
Da luz que a lua aos páramos desata...
Vês este véu que branco se dilata
Pelo verdor do campo iluminado...
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Vês estes rios, tão fosforescentes,
Cheios duns tons, duns prismas reluzentes,
Vês estes rios cheios de ardentias...
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Vês esta mole e transparente gaze...
Pois é, como isso me parecem quase
Iguais, assim, às nossas alegrias!
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