quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A Pequena Morte - Eduardo Galeano



(Tela de Frederic Leighton)
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"Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França, a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce."
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Um comentário:

Karine Leão disse...

O amor é tudo... e por ser tudo, às vezes, leva ao nada... fere, machuca... mas o que é a vida, se não altos e baixos?

Vim conhecer e gostei de sua essência!

Beijo Karinhoso!