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Esta manhã o mar acumula ao teu pé rosas de areia,
balançando as conchas de teus quadris.
Ele te chama para as longas navegações:
Tua boca, tuas pernas teu sexo teus olhos escutaram.
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Só teus ouvidos é que não escutaram, ondina.
Só teus ouvidos é que não escutaram, ondina.
Minha mão lúcida sacode a floresta do teu maiô.
Ao longe ouço a trompa da caçada às sereias
E um peixe vermelho faz todo o oceano tremer.
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Tens quinze anos porque já tens vinte e sete,
Tens quinze anos porque já tens vinte e sete,
Tens um ano apenas…
Agora mesmo nasceste da espuma,
E na incisão do ar líquido alcanças o amor dos elementos.
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