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A beleza das coisas te devasta
como o sol que fascina mas te cega.
Delas contundo a luminosa entrega
nunca se dá, melhor, nunca te basta.
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E a imensa paz que para além te arrasta
quanto mais se te esquiva ou te renega...
Paz tão do alto e paz dessa macega
que nos campos esplende à luz mais casta.
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A beleza te fere e todavia
afaga, uma emoção (sempre a primeira e nunca
repetida) que conduz
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o teu deslumbramento para um dia
à noite misturado, na clareira
em que te sentes noite em plena luz.
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