sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Convite - Lya Luft


Não sou a areia

onde se desenha um par de asa

sou grades diante de uma janela.

Não sou apenas a pedra que rola

nas marés do mundo,

em cada praia renascendo outra.

Sou a orelha encostada na concha

da vida, sou construção e desmoronamento,

servo e senhor, e sou

mistério.

.
A quatro mãos escrevemos este roteiro

para o palco de meu tempo:

o meu destino e eu.

Nem sempre estamos afinados,

nem sempre nos levamos

a sério.
.
(Tela de Zanini - Marinha)

Um comentário:

Divinius disse...

Entre a bruma desperta o céu
Na procura de cada silaba
Talvez o teu corpo no meu
seja um delírio de amor ao vento
Talvez eu te possa amar
em cada momento da tua vida...
Gostei de ler:)