Não sou a areia
onde se desenha um par de asa
sou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério.
.
A quatro mãos escrevemos este roteiro
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
.
(Tela de Zanini - Marinha)
Um comentário:
Entre a bruma desperta o céu
Na procura de cada silaba
Talvez o teu corpo no meu
seja um delírio de amor ao vento
Talvez eu te possa amar
em cada momento da tua vida...
Gostei de ler:)
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