Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
(Tela de Pedro Weingartner - Fim de Festa)
2 comentários:
Renata
adorei sua visita no meu "ninho poético" e venho agradecer as belas palavras lá deixadas por vc, e as retribuo
aqui tudo inspira bom gosto, arte,poesias...se me permite, me sinto em casa.
abraços,seja sempre bem vinda!
Olá...
Em pesquiza sobre sonetos de pablo Neruda encontrei esta tua página e achei um encanto,assim como plena pois tb me endentifico com a entrega de nós mesmo atravéz das palavras,da escrita.
Um abraço!
Waleska Freitas
P.S:.http://bbwaleskafreitas.spaces.live.com/
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